Problemas do CCM

De Wikoleculares
Revisão de 23h41min de 17 de outubro de 2006 por Rend (discussão | contribs)
Ir para navegação Ir para pesquisar

O CCM, como qualquer curso, tem muitos problemas.

Os comentários abaixo foram postados por usuários do Wiki e não necessariamente representam opiniões consensuais dos alunos e/ou docentes do CM.

Problemas relacionados a Disciplinas e Professores

Curso de Química

O Curso de química do CM tem problemas crônicos, sendo alvo de reclamação dos alunos há vários anos, seja por causa dos professores, seja pelo seu conteúdo e distribuição.

De fato, o curso já está tão estigmatizado que é desacreditado pelos alunos e gera desinteresse pela área, influenciando na escolha do avançado, entre outras coisas.

Conteúdo

  • Um grande problema do curso de química é que a química é tratada como uma série de gavetinhas. Em cada uma delas, há um monte de informações que nada têm a ver com as da outra gavetinha. Pode parecer boba a analogia, mas é isso mesmo. A velha compartimentalização que tanto queremos(íamos) combater com um curso como o nosso.
  • O curso de química geral é dado em um semestre no nível do colégio, tornando-o desnecessário. Deficiências em equilíbrios, tampões, reações de óxido-redução e outros assuntos relacionados podem ser supridas em duas semanas nas aulas e indicando-se bons livros de química geral como o Kotz/Treichel ou Oxtoby - que os alunos não terão dificuldades em ler e tirar as dúvidas mais básicas e cruéis.
  • Um curso de química inorgânica descritiva cheio de decorebas que nunca serão utilizadas na vida acadêmica da imensa maioria dos alunos. Concordo que alguns alunos egressos do curso partiram para essa área (cinco, se não me engano). Todavia, a maior parte dos alunos que o fizeram (e, sobretudo, os que estão cursando agora) acham que ele está em desacordo com os demais cursos de química que vêm sendo ministrados. Eu acho a química inorgânica, ao contrário, bastante importante. No entanto, creio que sem uma base melhor de físico-química (sobretudo de espectroscopia) ela se torna um martírio para aqueles que querem aprender com A maiúsculo (o que não é raro entre os alunos do CM).
  • Terem retirado o curso de estrutura atômica e molecular do Prof. Mauro Ribeiro. Algumas pessoas, ao ouvirem o Prof. Mauro falando sobre quantização do momento angular no modelo de Bohr ou sobre a partícula na caixa, não entenderam que a proposra do curso não era dar um curso de química quântica cheio de formalismos (ainda que o Prof. Mauro tenha sido rigorosíssimo nos conceitos físico-químicos) e conseguiram que esse curso saísse e desse lugar a um curso de química geral à la colegial.
Entendo que os entusiastas da física quisessem que o Prof. Mauro resolvesse a equação de Schrödinger pro Hidrogênio. Mas como ele iria fazer isso se no primeiro semestre nem sabíamos o que era um harmônico esférico e nem resolver integrais em 3 dimensões? O que fazer? Dar o curso do Prof. Mauro no quarto semestre? Aumentar o tempo do ciclo básico para dois anos e meio (para que o curso de mecânica quântica do Prof. Fleming venha antes desse)? Não, é claro que não. Deve-se dar um curso de estrutura da matéria de acordo com as necessidades de um primeiro curso (e com toda a experiência do Prof. Mauro que, diga-se de passagem, é um excelente químico teórico e sabe o que os alunos precisam). Esse é o curso de Química I que o CCM precisa. Para depois estudar físico-química nas Químicas II e III (usando ou não os orbitais d e f da química inorgânica). Sinto muito que a imaturidade de alguns alunos tenha levado ao fim esse curso tão importante.
  • Falta no básico um curso FORTE de espectroscopia, que serviria igualmente às químicas inorgânica e orgânica.

Distribuição e integração do conteúdo nos semestres

  • O curso de Química II acaba arcando com toda a físico-química do básico e fica espremido entre um curso de química geral e um de química inorgânica pura. A físico-química, naturalmente, deveria se estender para o curso de química III.
  • Deve estar claro que o tronco-chave do básico tem que ser a físico-química, que é necessária para a compreensão de toda a química (de todas as suas áreas). E ela me parece encerrada no curso de Química II (e retomada, em alguma extensão, no curso de Química IV). É o 4º equívoco, nessa enorme lista de coisas erradas.

Pontos positivos

  • O curso de Química IV, depois de muitos problemas, tornou-se um porto seguro para a área de química. O Prof. Quina, com a sua incrível experiência e formação, dá um curso de química orgânica carregado de conceitos de química, mostrando que ela pode ser ensinada como química e não como química inorgânica, orgânica, analítica, etc.

Sugestões

McQuarrie
  • Uma sugestão feita por um aluno seria a de se seguir o livro do McQuarrie ou qualquer livro bom e completo de Química, para os três primeiros semestres, assim como é feito com o Apostol no Curso de Matemática do CM. O livro do Mcquarrie cobre boa parte do conteúdo dos 3 semestres. E claro, poder-se-ia incluir outras referências ou pular capítulos, de acordo com a necessidade da disciplina. Além disso, o livro serviria como base de referência para o conteúdo de cada semestre. No entanto, uma vez que há apenas um McQuarrie disponível na biblioteca, a adoção do livro no curso exigiria que mais livros estivessem disponíveis.

Histórico das Disciplinas e Professores

Alguns professores do curso de química recebem reclamações todos os semestres, pelo conteúdo repetido, dado com pouca profundidade e/ou insuficientemente explicado de suas aulas, e conseqüente baixo aproveitamento pelos alunos.

Química I
  • 2005 (T15) - prof. Torresi: O curso foi insatisfatório. As aulas expositivas foram dadas com slides, trazendo pouca informação, sem profundidade ou esclarecimento dos assuntos. Conceitos importantes e necessários posteriormente, como noções de mecânica quântica e hibridização de orbitais, foram dados muito rapidamente e praticamente deixados aos alunos para estudar e entender por conta própria. Como um curso de Química Básica deixou a desejar, pois pouco conteúdo foi aproveitado a ponto de servir para o entendimento de outros. Apesar disso, as aulas de laboratório foram melhores.
Química II
  • 2006 (T15) - prof. Paulo Sérgio: No curso de Química II de 2006, em especial, tivemos outro problema com o curso, que praticamente só tratou de coisas que foram ensidas mais rigorosamente dois meses depois (lei dos gases, primeira e segunda lei da termodinâmica), em Física II. A redundância tornou Química II praticamente dispensável em sua totalidade, salvo o contato certamente enriquecedor com o Prof. Paulo Sérgio e sua infindável coleção de histórias interessantes sobre ciência, química, química industrial, história da física quântica e cultura geral.
Química III
  • 2003 (T12) - prof. Vichi: Cursei Química III com o Prof. Vichi e achei o curso bastante frustrante. Acima de tudo, acho importante que os alunos que fizeram o curso do Prof. Koiti recentemente se manifestem com algum comentário para que não pareça que se trata de alguma revolta pessoal minha contra a química inorgânica.
  • 2005 (T14) - prof. Koiti: Toda frustração provém das suas expectativas. Resumindo: fique em casa dormindo, é mais proveitoso.
  • 2006 (T15) - prof. Koiti: Desde o início do curso, a sala teve grandes dificuldades de comunicação e entendimento com o professor, o que resultou num desinteresse geral dos alunos. Além disso, problemas relacionados ao uso de slides, a uma introdução e contextualização insuficiente dos assuntos, e a bibliografia inespecífica e indisponibilidade dos slides complicaram a situação, que culminou numa primeira prova desastrosa. Após algumas tentativas de resolver o problema junto ao professor (e-mail e carta), foram esclarecidas as dificuldades, o que resultou em alguma melhora da aula e foi também decidido que a tal prova não contaria na nota. (curso em andamento)

Curso de biologia

Conteúdo

Tem sido levantada a possibilidade de se incluir um curso de evolução na ementa do curso de Biologia IV.

Evolução e Biologia Molecular de Plantas

A inclusão de um curso de evolução é de interesse por se tratar de uma teoria fundamental da biologia moderna que não é tratada em nenhum outro momento do curso, embora seus conceitos sejam usados e sua importância ressaltada em praticamente todos eles. A introdução do curso é complicada, segundo dizem, devido a uma baixa disponibilidade de professores do assunto. Além disso, o curso de evolução sofre reformas com grande frequência, o que mostra alguma dificuldade em se estabelecer um formato adequado; tal formato poderia não ser adequado ao CCM, devido ao propósito do curso e a carga horária que a disciplina teria.

Como o curso de biologia do CM dura os 4 semestres, a proposta dos alunos seria a de substituir o curso de Biologia Molecular de Plantas, do fim do 4o semestre, pelo curso de evolução.

Histórico das Disciplinas e Professores

Biologia II
  • O prof. Emer tem sido criticado por seu sistema de aulas e avaliações. Em um curso dado em apenas dois meses, ele consegue mudar seus critérios de avaliação até quatro vezes, eventualmente marcando provas escritas para o dia seguinte, quando teoricamente não haveria nenhuma. Propõe uma carga imensa de trabalhos (seminários e artigos) para os quais dá pouca orientação e que tem objetivos indefinidos, até mesmo para ele. Mesmo assim, os trabalhos pouco contribuem para o curso, dando a impressão de tempo mal aproveitado. Ele falha também em delinear o programa do que será visto em aula, de modo que parece valer mais a pena confiar no seu taco e simplesmente ler o que você achar legal no The Cell. Os conceitos passados em aula, quando não elementares, se apresentam de maneira confusa, sem conexão com o excelente curso de bioquímica, que sem dúvida nos prepara para uma análise muito mais interessante de diversos tópicos.

Falta de uma boa orientação aos professores novos

É comum a ocorrência de desentendimentos entre os professores novos no curso e os alunos, levando a problemas evitáveis. Entre problemas comuns estão: ser surpreendido pela heterogeneidade da turma; má-compreensão dos objetivos e propósitos do curso; desconhecimento do programa da disciplina, livros normalmente utilizados e outras práticas comuns; desconhecimento da carga horária do curso; superexigência (ver Síndrome dos alunos geniais e Síndrome dos alunos de pós-graduação).

São problemas que poderiam ser facilmente evitados por meio de uma documentação decente e um diálogo com os demais professores.

Participação Discente

Carga Horária

Jubilamento

Processo Seletivo

Ver também