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Edição das 00h27min de 25 de agosto de 2021
Júlio, rapaz jovem, que veio do IF, mas cheio de surpresas, num fatídico dia, onde estávamos xingando você sabe quem, Vinícius comenta sobre um livro de Bioquímica antigo do Lehninger, quando em alguns minutos, o assunto caminhou para poesia aĺá Gregório de Matos.
Possuidor de mais de 3000 exemplares de livros em conjunto com mais 3 pessoas, Rodrigues tem a meta de doar seu acervo aṕos a morte. Para fins de eclecidade, Miguel também é um budista não praticante, frequentou os templos budistas do tibete numa jornada espiritual em São Paulo, onde aprendeu os ensinamentos de buda, que o caminho está no coração a falar simploriamente japonês e a tocar koto, atualmente é instrutor de koto para a turma da terceira idade.
Curiosidades
- Já reformou o lago de carpas de um templo em SP, devido sua obsessão por peixes;
- Reza a lenda que o CM só mudou do Favo 22 para o INOVA não pelos banheiros ou falta de infraestrutura para os alunos, mas por um presságio, que eles receberiam o Nobel e o mesmo tem alergia ao suor, então, pelo bem do futuro Nobel do CM seria dado um andar inteiro com ar condicionado.
- Devido seu passado no Tibete, com os ensinamentos budistas (e quiçá pelo próprio Sidarta), nosso jovem Miguel sabe escrever e ler em qualquer direção.
seria ele um novo Leonardo da Vinci com suas escrituras criptografadas em sentidos diferentes para confundir quem queira roubar seus trabalhos?
- Júlio, grande autor de poesia erótico-pornográfica, ávido nas palavras, uma vez recitou seu poema mais leve para a graça dos moleculentos:
- No sertão de Xerequenha
- Uma cidade maranhense
- Não há terra em que compense
- O trabalho em semear
- Porém indo mais ao norte
- Há um senhorio de sorte
- No sertão engana a morte
- Diz que lucra de plantar
- Há, no entanto, em sua fazenda
- Uma muito antiga lenda
- Não faz compra e não faz venda
- O que faz ele, afinal?
- Não se sabe bem ao certo
- O que na terra coloca
- Não é milho, nem mandioca
- É uma plantação de pau
- E na fazenda vizinha
- -Juro que não é a minha-
- Alguma magia tinha
- Coisa forte e bem profunda
- Fazendeiro dedicado
- Mas seu filho era um calhorda
- Resolveu plantar na horta
- Uma plantação de bunda
- Bunda lá dava adoidado
- Tinha em tudo que era lado
- Tanto havia semeado
- Sua plantação de cu
- Que no meio desse agreste
- Bem no sertão do nordeste
- Bunda era pior que a peste
- Dava mais do que chuchu
- Os dois sempre competiam
- Por quem tinha mais fartura
- Lá a vida é muito dura
- Mas gostavam de esbanjar
- Tinham coleções de carros
- Cobertos de fino ouro
- Todos com bancos de couro
- Tudo com teto solar
- Era tudo uma alegria
- Mas aí chegou um dia
- Terra em que já não chovia
- Não brotava o que brotou
- Não importasse o esmero
- Tanta bunda já não dava
- E o pinto também faltava
- Muita lavoura secou
- Diante de tal conjuntura
- Vendo da terra a secura
- Sem pensar em outra cura
- Resolveram apelar
- De um lado, um fez macumba
- O outro dançava zumba
- Parecia uma tumba
- O clima desse lugar
- Houve então a grande guerra
- Disputaram pela terra
- Uma briga onde quem erra
- Perde tudo que lutou
- O conflito foi pesado
- Não foi bom pra nenhum lado
- Mas o mais inesperado
- Foi no que ele resultou
- Guerra muito acirrada
- Era tudo uma cilada
- Não passou de uma emboscada
- Levando a lugar nenhum
- Tanto o plantador de bunda
- Quanto o colhedor de pinto
- Encontraram no recinto
- O que era um mal comum
- Foi chegando pela estrada
- Numa noite enluarada
- De longe e bem apressada
- No meio do lusco-fusco
- Uma enorme carreta
- Carregada de buceta
- Buzinando uma corneta
- Chegando de um jeito brusco
- Lá estavam reunidos
- Todos no meio da praça
- A briga perdeu a graça
- O perigo era maior
- Pois chegou lá na cidade
- Uma grande novidade
- Vendedor fazendo alarde
- Que o produto era melhor
- Instalou seu sitiozinho
- No meio dessa secura
- No sertão, bem na quentura
- Onde até a beata peca
- Semeou catorze roças
- E plantou duas mil buças
- Encheu quase cem carroças
- Com suas caixas de xereca
- Amargando os insucessos
- Coisa que ninguém escolhe
- Pica dura e bunda mole
- Resolveram se unir
- Como é que inovariam?
- Que produto lançariam?
- E como eles venderiam
- Sem o risco de falir?
- A cidade em euforia
- Todo mundo consumia
- Toda noite e todo dia
- O produto que chegou
- Quanto aos velhos fazendeiros
- Que perdiam seu dinheiro
- No meio do desespero
- Uma ideia lhes brotou
- E se o novo empresário
- Que era muito solidário
- Fosse mais um acionário
- De um negócio inovador?
- E se trabalhassem juntos
- Abrindo um novo negócio
- Todo mundo sendo sócio
- Menos guerra e mais amor
- Já fizeram propaganda
- Contrataram até banda
- A cidade fez ciranda
- Para a inauguração
- Da loja que eles abriram
- Trazendo para a cidade
- Muito mais variedade
- Uma enorme sensação
- A cidade em polvorosa
- Se sentiu maravilhosa
- Preto, branco, roxo e rosa
- Pra tudo que é gosto e jeito
- Compradores apressados
- Vinham de todos os lados
- Pro varejo e pro atacado:
- Pinto, bunda, xota e peito.
- Xerequenha ganhou fama
- Ostentava sua riqueza
- Famosa por safadeza
- Como um leão pela juba
- Gente do Brasil inteiro
- De janeiro a janeiro
- Vinha ver o verdadeiro
- Paraíso da suruba.
Citações
Se tem um Nobel que eu mereço, é o de literatura
- Júlio se referindo como digno ao Nobel.
- Um pequeno diálogo entre Júlio e Clara no grupo de WhatsApp da turma.
Falando nisso, quero muito mostrar a história do Piróqui, o cafuçu de madeira. Minha contribuição que mais gosto á poesia pornográfica
Piróquio me lembra um Pinóqui pirotécnico...
Na verdade, é um Pinóquio, mas não é o nariz que cresce quando ele mente ...